Perfume: The Story of a Murderer

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Pois bem, Perfume: The Story of a Murderer, retrata a vida de Jean-Baptiste Grenouille, um miseravél orfão cujo único verdadeiro presente na vida foi um sentido de olfacto apuradíssimo, incomparável a qualquer outro ser humano.
Jean-Baptiste Grenouille cresce numa França pútrida e miserável que era a França do século XVIII, com a noção de possuir essa capacidade única. Este seu dom, acaba por se tornar o catalisador de uma obsessão que visa a qualquer preço o desenvolvimento do melhor perfume de todo o sempre. Para o conseguir, Jean-Baptiste depara-se com o desafio do processo de conservação dos odores, que uma vez ultrapassado lhe permite conservar os odores de mulheres que o mesmo venera pela unicidade e beleza no que essa característica diz respeito.
Na busca dessa mesma materialização de odores naturais excepcionalmente belos, Grenouille chega à conclusão que o assassinato daquelas possuidoras do seu objecto de desejo, é o único meio que lhe irá permitir concretizar a sua obsessão.

Com a interpretação de Grenouille a cargo de Ben Whishaw - que no que a mim diz respeito era até hoje um ilustre desconhecido - o papel fica bem entregue, com o mesmo a desempenhar o papel de forma perfeita.
O filme também me chamou a atenção para o que foi feito ao nível da fotografia e da edição, e dado que eu não sou de todo um especialista ou alguém que repare muito neste tipo de pormenores, foi de facto interessante e diferente (e não estou a falar daquele tipo de edição em que o realizador faz questão que a câmara esteja sempre em movimento e coladas à cara dos actores, pois neste caso saiba-se que detesto a edição, mas por algum motivo os críticos do cinema até costumam gostar)
Realce ainda para a banda sonora que me agradou imenso, e embora não seja propriamente o meu estilo de música irei investigar a sua autoria porque fiquei deliciado.
No que respeita aquilo que para mim é mais importante, a história, fiquei desiludido, já tinha ouvido dizer maravilhas da mesma, e muito embora seja claramente cativante o final para mim foi fraco! Não me convenceu, o que acabou por prejudicar muito a minha apreciação global sobre a mesma.

A minha nota ao filme: 6/10

< Abertura do Blog a novos colaboradores >

Como já devem ter notado, o blog foi aberto a participação de novos colaboradores.

Com isso, pretendo tornar o fórum de discussão e críticas mais vasto e com opiniões mais diversificadas. Conflitos de opiniões serão frequentes e cabe ao leitor formar a sua própria opinião e motivação para assistir aos filmes...

Entre os novos colaboradores estão:

• André Lamelas
• Cláudio
• Joel Campos

Todos com larga experiência em cinema e com estilos bastante próprios... a vocês desejo toda a inspiração para excelentes críticas!

Brevemente teremos novas contractações para esta equipa... e uma delas pode ser você... se tens interesse, entra em contacto comigo (FelipeACosta [at] gmail) e manifesta as tuas motivações...

Fantasporto 2007

Ora bem, daqui a pouco menos de uma semana chega o Fantasporto 2007 - festival de cinema fantástico do Porto na sua 27ª edição. Entre 23 de Fevereiro e 3 de Março.
E fantástico porquê? Não só porque é um festival de cinema do "fantástico", muitas vezes confundido com "filmes de terror", mas porque traz ao Porto um importante certame cultural, descentralizando a oferta, o que já vai acontecendo cada vez mais, inclusivé em outras cidades nortenhas como V. N. de Famalicão, Braga, Arcos de Valdevez, mesmo Vila Real, lá mais para o interior. Mas ainda é preciso mais!

Nas últimas edições, com mais ou menos dificuldade, o Fantas tem-nos trazido algumas produções de qualidade, que embora não sejam mainstream, acabam por ser uma agradável surpresa a todos quantos têm coragem de se dirigir às salas do festival.

Esta edição será dividida pelo Rivoli - Teatro Municipal, Cinema Passos Manuel, Auditório da Biblioteca Almeida Garrett e Cinemas AMC - Arrábida 20. Os bilhetes para a sessão normal custam €3.5 e o livre trânsito €100, o que não me parece exagerado.

A ver se consigo ir lá ver uns filmes :)

Collateral

No seguimento do comentário do Felipe e depois de ver o filme, tenho de discordar.

O argumento do filme, em si, não é mau, mas podia ser melhor explorado. O filme é muito baseado na acção, numa de nos manter entretidos, mas perde-se um bocado aí.

A alteração que se dá no Max (Jamie Foxx) é um pouco brusca e no final o Vincent (Tom Cruise) perde a frieza e eficiência que o deviam caracterizar.

Como o Felipe referiu, ficam algumas pontas soltas no fim e o final sabe a pouco.

A edição DVD traz um documentário extra sobre a preparação do filme e dos personagens (Tom Cruise passou meses a aprender a ser um assassino profissional!! e Jamie Foxx a falar com taxistas!) que deixa a sensação que com estes actores e meios técnico-financeiros se podia ter feito melhor.

Enfim, um filme para ver num dia chuvoso que pouco acrescenta.

Banda sonora razoável, com destaque para uma música dos Audioslave que me pareceu não ter sido a mais acertada.

Blood Diamond

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Pois bem cá vai a minha primeira crítica aqui no Blog. Posso felizmente dizer que vou começar com uma positiva.
Após ter visto o trailer achei que o filme tinha tudo para ser um bom filme, e após a nomeação para os oscars que o filme teve, foi de bom grado que o fui ver.
A história desenvolve-se em torno da vida de dois homens, Danny Archer (Leonardo DiCaprio) um mercenário contrabandista de diamantes e Solomon Vandy (Djimon Hounsou) um mero pescador afastado da família devido à guerra civil que decorre na Serra Leoa em 1999. As suas vidas cruzam-se quando um diamante extraordinário interrompe a vida do segundo, e o filme conta a história de um homem em busca da sua família perdida, de outro à procura de um maneira de sair de África, não deixando de lado os assuntos politicamente incorrectos, acerca de quem e como lucra com a venda dos diamantes, e quem sofre e como para que eles apareçam esbeltos e excepcionalmente caros nas montras das ourivesarias.
O filme tem uma excelente história, e os actores proporcionam uma actuação digna de se ver. Já me havia rendido às capacidades de Djimon Hounsou (muito embora seja incapaz de decorar o nome) em Amistad e neste filme há que dizer que concordo com a sua nomeação para o oscar de melhor actor secundário sendo de todos o meu favorito.
Já Leonardo DiCaprio, também faz um bom papel, e faço notar aqui que o considero um bom actor, atormentado pelo facto de ter uma cara bonita e muitas das vezes ser julgado com base nisso mesmo, pelo velho cliché de que quem é bonito é burro.
Pelo que vi, a sua nomeação não é exagerada, mas contrariamente à que teve por exemplo com The Aviator não julgo que o mereça ganhar neste filme, pois o papel não exigia mais do que um ar de mau e um sotaque sul-africano. Além do mais, pela sua cara bonita, a sua imagem não se enquadra no perfil de mercenário que todos temos e talvez daí venha a minha hesitação quanto ao que fez no filme. Quem vê o filme não fica em dúvida num único momento quem ele é e o que faz ali, pois toda a frieza que dele se esperaria jamais desaparece, demonstrando bem quem era Danny Archer.
Um outro ponto a realçar é a história, que contrariamente a muita coisa que se vê por aí, é boa, como aliás abunda nesta altura do ano devido aos oscars. Saí da sala satisfeito com o que vi e recomendo o filme a quem pensar ir ao cinema nos próximos tempos.
Minha nota ao filme: 8/10.

Festival de Berlim

Começou hoje (ontem), o Festival Internacional de Cinema de Berlim.

Ao todo, serão exibidos até 18 de Fevereiro em Berlim, um festival que rivaliza com os de Cannes e de Veneza, os mais importantes do mundo, 373 filmes de todos os continentes.

É estar atento aos destinatários dos ursinhos :P

And the nominee is...

Os míticos prémios do Oscar, na 79ª edição, serão entregues a 25 de Fevereiro de 2007.
Valem mais pelo mediatismo, do que propriamente pela qualidade da selecção. Mas gostos não se discutem...

Podem encontrar aqui os nomeados.

Já agora, os nomeados para melhor filme são:
BABEL
THE DEPARTED
LETTERS FROM IWO JIMA
LITTLE MISS SUNSHINE
THE QUEEN

Babel

Deste filme (site oficial), o que à partida eu sabia era: a história da Torre, Brad Pitt (12 Monkeys, Fight Club, Meet Joe Black, Se7en ...), Gael Garcia Bernal (Amores Perros, Los Diarios de Motocicleta, La Mala Education, e que cada vez mais considero um grande actor), o realizador Alejandro González Iñárritu (Amores Perros, 21 Grams) e que era um dos filmes na linha da frente para os Óscares e outros prémios cinéfilos. Vai daí fui investigar :)

Antes de mais fascinaram-me as paisagens do filme (nota para a excelente fotografia). O filme é passado em Marrocos, Japão e Estados Unidos/México, o que de si já proporciona um contraste digno de nota.
A temática do filme incide sobre a condição humana (aceitação, fragilidade), o choque entre culturas, os interesses políticos e mediatismo próprios de um americano que tem um azar "lá fora" (como alguém dizia, "1 americano morto é notícia, 1000 iraquianos é uma estatística").

Gostei do filme, mas tentarei revê-lo (apesar dos seus 142 minutos).

Para o fim deixei o melhor, a banda sonora de Gustavo Santaolalla. Mais uma vez genial.

< co-starring >

É o que costuma aparecer no genérico, quando há mais que uma personagem principal.
Espero que assim seja, depois do convite que o Felipe me fez.
Daqui pode-se esperar uma crítica despretensiosa e nada profissional a alguns filmes que, entre as paredes do cinema, da sala ou do edredon vão passando.
Ssshh, a sessão vai começar ;)